sábado, 19 de setembro de 2009

MELODIA SEM IGUAL


O mar acomoda-se nas vontades do dia


como a embalar um filho sob a bolsa d'água


numa longa e doce gestação.



A brisa e o tempo dançam coladinhos


inventando balés


arrepiando pêlos


numa rara e suave melodia


que um dia algum poeta inspirado escreveu.



Jogo minhas indiferenças ao vento.


Fecunda algo lembrador de plumas.



Fico leve.


Meu corpo não é mais corpo.




A emoção faz de mim


depósito de licores raros


prontos para serem sorvidos.


Em doses lentas e frequentes de contentamento.



Rosy Moreira

Um comentário:

Milene Sarquissiano disse...
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