sábado, 28 de agosto de 2010

PUREZA





Aceno quando a brisa passa,

volta e espia pela borda da janela,

deixando uma fragrância de relva umedecida.



Tenho a sensação que essa brisa

é a mesma brisa que comigo brincava,

nos tempos de travessuras.



Qualquer dia desses,

fico descalça,ponho uma flor no cabelo,

e corro por aí,atrás dela,ao longo do descampado.



Antes que seja tarde,

e brisa,infância e eu,apaguemos para sempre,

unidas,no silêncio da respiração.



Rosy Moreira



Nenhum comentário: