domingo, 20 de junho de 2010

ESSÊNCIA






Olhos fechados,

abro a boca e elevo a palavra,

enquanto a cidade ainda dorme.



Uma névoa fina faz chorar o dia,

fluindo das mãos,silenciosamente,

uma vontade de orar.



Estão aqui estendidos os meus pedidos,

as promessas,os medos,os agradecimentos,

as minhas paixões sem remédio.



Onde está tua luz protetora,

além de aqui dentro?



Sinto-te em mim,tão perto,tão leve,

nesse espaço,nesses pássaros,

nesse vento que se infiltra;



que nem minhas falhas ofuscam

tua santa claridade.



Que mais necessito eu,

além da fé,do amor contínuo,

e uma mão direita que me ampare?



Rosy Moreira

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