sábado, 24 de abril de 2010

PERMUTA





A noite recolhe sua rede escura,

e a claridade chega,

num brinde feito taça,festejando a  nova manhã.



Vultos andam lado a lado

pelos rumos da sorte dos que perto estão.



O brilho que salta dos olhos de um,

é o mesmo reflexo que no outro grita.



Mãos trocam carinhos,

olfatos arrancam gemidos,

o paladar atiça os lábios em doce saliva;



Olhos se fecham,

bebadamente,obedecendo as vontades.



Esses laços do tempo que amarram um ao outro;

a sorte os descobriu,

ou é Deus, que nossas preces escuta?



Rosy Moreira


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