terça-feira, 9 de março de 2010

NAS MÃOS DO TEMPO




Sonho e insônia duelam por instantes,

jogando pelo empate

na trave dos meus olhos acordados.



Imagino-te absurdo e belo,

e suportar a tua ausência  no campo dos meus dissabores,

é tão difícil,como não querer tocá-lo.



Como cão, a saudade late,

traçando sua própria trilha,

despertando em mim uma vontade enorme

de compartilhar amor.



Nas mãos sem fim do tempo,

busco-te aos poucos,

nesse eterno suicídio de silêncio.



A manhã chega pondo fim aos sonhos,

como conforto aos vencidos,

e um estoque de querer

permanece pousado na área já oca do peito.



Mantido carinhosamente como saudade.



Rosy Moreira

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