terça-feira, 9 de março de 2010

ESSÊNCIA





Eu sinto o caldo quente do rio,

explodindo como inquietação de águas livres,

sangria rasgando caminho,infiltrando-se nas infinitas curvas.



Feito correnteza que se expande,

ou orvalho de fogo e rogo,que se derrama sem pressa.



Sussurros afogados nos lábios,e no amor molhado,

saciando a sede nessa ânsia de carinhos,

onde mergulho em fúria.



E tudo o que me liga ao outro lado,

são dois braços estendidos,feito pontes,

numa viagem sem volta,rumo ao desconhecido.



Nesse passeio sobrenatural,abandono de suor e sonho,

ora tempestade,ora calmaria,

pingamos em gotas.



Uma essência em comum vertida de ambos.

Rosy Moreira

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