Eu sinto o caldo quente do rio,
explodindo como inquietação de águas livres,
sangria rasgando caminho,infiltrando-se nas infinitas curvas.
Feito correnteza que se expande,
ou orvalho de fogo e rogo,que se derrama sem pressa.
Sussurros afogados nos lábios,e no amor molhado,
saciando a sede nessa ânsia de carinhos,
onde mergulho em fúria.
E tudo o que me liga ao outro lado,
são dois braços estendidos,feito pontes,
numa viagem sem volta,rumo ao desconhecido.
Nesse passeio sobrenatural,abandono de suor e sonho,
ora tempestade,ora calmaria,
pingamos em gotas.
Uma essência em comum vertida de ambos.
Rosy Moreira
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