Sou como a fúria do vento,
desvendando as ânsias com que se armam as asas,
gravando no tempo a minha mensagem.
Não quero morrer,
vazia e solidária pelo que não ousei,
segurando desejos reprimidos.
Aguda no corte,
provei amargos versos,sofrendo grandes impactos,
fazendo das dores um caderno de rascunho.
Deitada em mim mesma,
sou a descida das coisas derramadas,
vinho tinto transbordando na taça,
à mercê de algum vício.
Com a doce embriaguez de ser mulher.
Rosy Moreira
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