domingo, 15 de novembro de 2009

SEM ESPAÇO




No seu peito o espaço é pouco.


E entre reuniões,um cigarro e outro,

o seu tempo vai passando.



Mora em seus olhos uma cegueira infinita.



São pinturas abstratas suas emoções,

e não são reais os seus carinhos.



Esconde nos bolsos

sonhos nus das verdades à meia-luz.

Coisas efêmeras para um importante homem.



Vá!

É chegada a hora.

O mundo lhe chama para mais um compromisso.



Nossos hemisférios não se cruzam,

meu destino não cabe em suas mãos.



E tudo o que falei tornou-se eco sem forças.



Meu lugar é aqui,livre e sem laço,

como gado desgovernado

correndo pelos campos...



onde meus versos brincam soltos

sem necessidade de esconder os sentimentos.



Rosy Moreira

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