Há tantas coisas pra esquecer.
Afastarei dos guardados do peito,
as coisas que cortam, e ferem sem sangrar.
Trancarei as janelas do passado,
onde debruçam-se antigas lembranças
que teimam em permanecer,acotovelando-se uma a uma.
Não questionarei porque você se foi,
quando mais deveria ter ficado.
Não mais chorarei às escondidas.
A partir desse instante,milagrosamente,
meus olhos acordarão de um sono secular.
Não permitirei que sua lembrança aprisione meu pensamento.
Deixe-o perambular feito mendigo perdido,
tendo por consolo a fria pele do asfalto.
Pois só ele conhece o rumo,
dos que de saudades tendem a perder-se.
Rosy Moreira
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