Estou aqui,
nessa cidade de estrelas apagadas,
numa pequena caixa sem espaço,
que leva o pseudônimo de apartamento.
Estou fechada,
como se fecha uma garrafa com rôlha,
sem que se sinta sua essência.
Nesta funesta hora,
em que as esquinas desfilam seu falso brilho,
perambulando por aí em busca de emoção;
Um cintilante coração bate descompassado no peito.
Contraditoriamente nessa hora,
feito um mago bem farsante,
reinvento a história numa poesia.
Falando desse susto tão grande,
que é meu quadrado universo.
Rosy Moreira
(Tela:Luz Miranda)
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