quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

SEDE E FOME



Quando me olhas assim...

me falta o chão

chego ao céu

e me faço sonho.


Esse seu olhar de encantamento

de pássaro pousado na retina

criam plumas e cores em meus olhos viajantes.


No canto de sua boca enfileiram-se mil sorrisos

desfilando em marcha lenta em direção à minha boca...

num encontro mútuo de sede e fome.


Nessa mistura...

braços se confundem

formando abraços prá todo lado

num bendito duelo de garras.


Nos perdemos e nos encontramos em nós.

Assim...sem rumo...

sem ponto de chegada ou partida...

emaranhado de dois...


Enovelada em ti...

não quero que o tempo passe.

Quero desfazer a malha do tempo

quero cortar o fio das horas

para morrer assim...unidos num laço.

Amarrados como nó de embarcação.


Rosy Moreira

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