Derramo lágrimas
pela angústia que se debruça em meus escritos.
Desgalhando esperanças plantadas
criando espinhos nos maiores planos
devastando os melhores sonhos.
A flor compactua dor comigo.
Se derrama em lágrimas perfumadas.
O mar chora lágrimas de sal
se debatendo na areia.
O rio pranteia lágrimas doces
se desaguando na fúria das correntezas.
O minuano uiva minha dor
em acordes de saudade pelas coxilhas
açoitando a madrugada fria.
E nesse deserto de sonhos perdidos
me recomponho...
cerro os olhos e emudeço.
Sigo em frente...
com meus poemas de cores pardas
apalpando o afago que não veio
...Flor...mar...rio...minuano...
percorrem comigo estreitos caminhos
num espaço apertado onde mal cabe a alma.
Rosy Moreira
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