Meu poema brota no outono
onde árvores se despem
tragadas pelo galope do vento
numa trilha estreita
que se faz estrada.
Meu poema se aquece no inverno
onde as almas se aquietam
braços andam à procura de abraços
pássaros pousam nos ninhos
se guardando do vento manso e frio
...de um mês de agosto.
Meu poema floresce na primavera...
como jardineiro de regador na mão
orvalha o girassol
que gira sem destino
cheira o jasmim com aroma de sonho...
colhe a rosa mais bonita.
Meu poema se deslumbra no verão...
pulsa quente no corpo nu da palavra
desliza...interroga...exclama!
Bate asas e pousa as letras lentamente
Se fazendo poema e palavra só
num ponto qualquer
...num ponto final.
Rosy Moreira
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