No corre-corre da cidade
as pessoas cruzam-se olham-se indiferentes
submergidas cada uma...
em sonhos e lamentos.
Por essa estrada sem fim
olho duas paralelas sem volta
onde vultos apressados vão e vem.
O sinal está fechado...
faço um sinal da cruz.
Os minutos que restam elevam à uma prece...
Sigo um caminho
onde às vezes tenho vontade de retornar...
buscar leveza e amarrar com laço
junto aos pesados fardos.
Mas o tempo não pára!
E sigo a rota dessa estrada torta
envolvendo morros com curvas
abraçando encostas com garras
cortando as pernas do manco tempo
rasgando a brisa ao meio.
E no meio-fio...páro!
procuro a calma
no gramado no lago
no asfalto no chão ...fora de mim.
Alguém buzina.
Quebra enfim...a nostalgia!
a correria do dia à dia
faz esquecer quem somos para onde vamos.
sem data de retorno...
sem volta
para um caminho sem rumo sem nada.
Rosy Moreira
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