quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

ROTA


Que eu não me deixe cair as tenras folhas

que eu arrume as telhas

que eu perdoe as falhas...tantas falhas!


Que eu abra os olhos

que minhas palavras

não sejam todas ditas

as que machucam fiquem caladas.


Que minha vida não seja toda traçada

que eu não seja rua reta

sem sinais...sem setas.


Quero curvas em meu caminho

risos pisos rumos rotas rodovias.

Linhas tortas.


Via do improvável

caminho dos insolúveis

atalho dos infelizes...

sinal verde da nua verdade.


Eu quero seguir pegadas na areia

na rua na esquina

num beco no deserto

...dentro de mim.


Que eu seja a estrada de volta

a rota de chegada...


Rosy Moreira

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