Quero me livrar desses nós que amarram
onde os ramos tremem
se espremem os braços das árvores
onde a tudo desconheço
por entre trilhas mortas
sua negritude e seu silêncio
habitam a solidão
e a luz anda lacrada.
Quero o vento infiltrado nas ramagens
subindo por as raízes
se espalhando nos galhos
onde somente um par de asas pode vencer
essa floresta fechada já cansada de sombras.
E penetre nos vãos no porão de nada e abismos
e a claridade venha vestida
de um branco nostalgia.
E se sobreponha
sobre essa linha negra do escuro
abrindo janelas ou traço de luz.
Quem me dera esses galhos
fossem ruas de alamedas claras
e desatassem os nós
onde amarro os meus versos e minha voz.
E num momento de inspiração
contemple estrelas penduradas ao vento
de compassos e espaços amplos sem limites
e o eco do grito corra solto aos quatro ventos.
Rosy Moreira
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