A folha seca cai lentamente.
Ramagens amarelo-pálidas seguem caminho,
ocultas no pó da estrada,
dando lugar ao novo que se aproxima.
Tudo está tão marcadamente belo,
e a luz, habituada a espiar pelos cantos,
aparece ofuscante,
num agudo arremesso de claridade.
Minha inspiração se desnuda,
e minha poesia é acariciada pelas mãos do vento,
que ousado,desce os degraus do meu corpo.
Entrelaçar de mãos,
comunhão e afagos de flores do campo,
perpetuando as distâncias que se aproximam.
Me identifico com essa luz
a espiar pelas frestas do dia.
Emprestando vida até mesmo á poesia,
numa suspirada aceitação
que a vida habita dentro da gente.
Rosy Moreira
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