quarta-feira, 26 de novembro de 2008

CAMINHOS FLORIDOS




A boca da primavera

abre-se num sorriso,

cuspindo pétalas coloridas.


Sopra um sopro perfumado,

hálito brotado do profundo escuro frio,

garoa um aroma doce.


Pinga gota à gota a alegria,

inventando um nó cego nos labirintos do tempo,

pulando a janela do inverno,

onde o frio mascara a alma do mundo.


Desce solta a se despetalar

pelas mãos do vento,

modelando confetes no chão,

nas suas calçadas de rumo incerto.


As flores vestem a roupa dos dias,

onde as esquinas se dobram,

pedindo que o tempo pegue um atalho


E que acabe a falta de tempo,

que o tempo nunca se acabe,

e o hoje nunca termine.


Rosy Moreira

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