quarta-feira, 26 de novembro de 2008

FRAGILIDADE




Sigo a rota dessas mal-traçadas linhas,

por uma estrada que segue o rumo do horizonte,

que me leva não sei onde;


Talvez para um caminho sem volta!


Quero a lembrança de um olhar,

que não seja esse próprio mau-olhado,

diante de um espelho quebrado.


Me assusta essa imagem distorcida,

refletindo a realidade  fosca da vida.


Nada mais me sobra, senão aceitação.

E na alma um entalhe,

uma ferida esculpida,

que fere e corta bem  fundo.


Sigo um trilho,

sentindo que a rua engole meus passos,

com sua fome, sede, voracidade.


E só o que me acompanha

é minha habitual fragilidade.

Rosy Moreira

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