sábado, 2 de outubro de 2010

INTIMIDADE


Eis que chega o amor,

feito temporal noturno,

arrancando do caule,todas as despedidas.



Sem sequer saber-te ou desejar-te,

descubro,florindo em meus setembros,

as promessas ocultas de todas as estações.



Deixo-me pousar em teus braços,

de modo que teu abraço circunde em mim,

inteiro e íntimo na pele,feito raiz.



Provamos a seiva do prazer como se um,

num mesmo gole,no mesmo copo,

no mesmo corpo.



Numa cumplicidade quase impossível

de traduzir em versos.



Rosy Moreira

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