quinta-feira, 13 de maio de 2010

PROVISORIAMENTE





Inquieto-me

ao sentir o peso das horas que correm intensas,

até mesmo na perspectiva tímida

e silenciosa do meu verso.



O tempo,

manipulador de minhas vontades,

agarra-me pelas mãos,

roubando meus melhores momentos.



Os sonhos deslizam sem nome,

perdidos dentro do peito.



Quero um instante só meu,

para lançar-me ao mar,brisa furtiva,pés descalços,

enquanto ele existe.



Buscar sorrisos em sua superficie,

trazido pelas ondas feito mensagens,

armazenados em garrafas.



Assumir minha liberdade,

enquanto as mãos caídas permanecem sem algemas;

Provisoriamente.



Rosy Moreira

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