terça-feira, 4 de maio de 2010

PAISAGEM INTERIOR




Batizei de eternidade,

o que ele chamou de momento.



Era primavera;

O sorriso não mais cabia

em minha paisagem interior.



As emoções se abriam

e se desatavam num tempo só,

a beijar as matas,recriando a estação perfeita.



A alegria balançava em ritmos,

na ânsia de ser livre,feito dança misteriosa.



Sem saber o que havia além daquele encanto,

tornei-me sua serva.



Vivi doces delírios,fui feliz.



Ainda hoje,olhos desacordados,

empresto do mar o som das ondas,

acariciando-o inteiro,em pensamento.



Meu coração bate,confortado.



E ele?

Apenas dorme,não sonha.



Rosy Moreira

Nenhum comentário: