domingo, 4 de abril de 2010

INDIVIDUALIDADE






O espaço que restou no peito,

usei para acomodar meu verso.



Pássaro emudecido

se debatendo entre as grades,

ele só canta quando lhe permito a palavra.



Acostumou-se a viver assim:

sendo o que penso,

vivendo o que sonho,

preso à rua imensa de minha dor repentina.



Num flerte de desencontros,

feito razão e emoção,

enfrentamos a própria individualidade.



Vivendo a dor e a delícia

de sermos eternamente sós.



Rosy Moreira

Nenhum comentário: