domingo, 28 de março de 2010

BAGUNÇA






Sei que nada sei do meu corpo nu,

tão meu,tão teu,tão exposto.



Deixei o mal me tocar,

extrair de mim os sonhos,

sem anestesia.



Foi necessário queimar nos olhos o choro,

doer na carne a aberta ferida,

escrever com letra nova o nome das coisas.



As lágrimas tombadas perderam-se todas,

sob a pulsação dos ventos.



Nada ficou no lugar,

somente a vida ficou mais limpa.



Rosy Moreira

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