Sei que nada sei do meu corpo nu,
tão meu,tão teu,tão exposto.
Deixei o mal me tocar,
extrair de mim os sonhos,
sem anestesia.
Foi necessário queimar nos olhos o choro,
doer na carne a aberta ferida,
escrever com letra nova o nome das coisas.
As lágrimas tombadas perderam-se todas,
sob a pulsação dos ventos.
Nada ficou no lugar,
somente a vida ficou mais limpa.
Rosy Moreira
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