domingo, 21 de março de 2010

INDAGAÇÕES





Meu barco há muito navega,

procurando sua luz,

como último vestígio luminoso de um farol.



Enquanto o gemido do vento corta a noite,

sob esse azul lençol,

sem medo nem abalo,sigo em sua direção.



Na ânsia dos sobreviventes,

vejo mil olhos seus a me guiar,

como próprio milagre de sol adormecido no oceano.



Minha parte livre,embora escrava,

abraça calma,a solidão que me segue.



Eu e ela,após muitas indagações,

ainda não compreendemos porque se ama o ausente.



Rosy Moreira



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