sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

RELICÁRIO

Toco essa casa tão sua,

vestindo-me do que não mais tenho,

a recordar carinhos,de quase malícia.



A saudade invade até o fundo de nossa história,

feito tempestade em céu aberto,

numa terra deserta sem reconcílio.



Quero continuar.

Como se pudesse tocar o que já se perdeu,

mantendo no peito a lembrança,guardada em relicário.



Sei que também me mantém viva,

num ponto perdido de seus pensamentos.



Talvez no esconderijo de uma manhã sem claridade.



Igual rosa murcha...

esquecida na página amarelada de um livro.



Rosy Moreira







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