quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

AFLITAS HORAS






Uma melancolia de repente é despertada.



Desfolho nas páginas da saudade,

pedaços de momentos que ficaram guardados.



Acendem-se vestígios de beijos e carícias,

entre o tempo e a lembrança.



Fecho os olhos.

Nossos momentos escorrem em filamentos,

ardendo nos confins da mente.



Vozes sem eco gemem,

batendo asas,andando em círculos.



Lembranças chegam sem aviso.

Nós de braços e pernas,delírio!



Não tenho você,

mas ouço seu sussurro,como alarme,

ao meu ouvido.



Entre nós,ficaram aflitas horas de espera e ausência,

para sempre registradas no relógio,

que nem o tempo conseguiu apagar.



Nos ponteiros do seu corpo,

por instantes,o meu corpo sossegou.



Rosy Moreira

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