De olhos fechados e sem ruído,
permaneço deitada ao seu lado,
desejando a eternidade.
Mas logo desponta o dia.
Os ponteiros giram apressados,
tornando tão breves nossos momentos.
E o aconchego do abraço levanta acampamento,
deixando meu peito tapera,
desnutrido de afagos.
E quando a solidão me castra a voz,
o que me resta é a poesia.
Esse linguajar que não se aprende em escola,
que descreve saudades,
e me mantém em pé.
Rosy Moreira
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