Busco carinhos perdidos,
no continente profundo de algum corpo.
Sentimentos raros no fundo do mar,
feito concha vazia ,de afagos afogados,
ou misteriosa sucata de oceano.
É preciso resgatar meus quase versos
da inevitável ferrugem que o tempo não perdoa,
esquecidos no sal de oclusos mares.
Enviá-los novamente ás aguas,
em forma de mensagem,
aparentemente sem nenhum destinatário.
Pode ser que um marujo estrangeiro,
devasso, louco, meigo, de carinhos soltos e alheio amor,
além do mar tempestuoso,
também sonhe a calmaria de um porto.
Rosy Moreira
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