sábado, 17 de outubro de 2009

LIMITAÇÕES


Meu corpo busca refúgio,

nos braços dessa nua manhã,

como terra nativa prenhe de semeadura.



Ela fala comigo.

Palavras se revelando uma à uma,

como um quebra-cabeças na solitária paisagem.



Finjo desprezá-la.



Mas a manhã insiste

que é preciso renascer urgente,

a cada vez que ela amanhece.



Algumas vezes...aprisionar a razão.



Não levar totalmente à sério a agenda

penosamente montada, de acasos e esquemas bem feitos,

que secam nossas inspirações.



Duelar com a vida, superando os limites.



Pois só ela lê e traduz

nossa história já desfolhada.



Sabendo da nossa implacável força,

a vida desafia nosso próprio enfrentamento.



Rosy Moreira

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