Meu corpo busca refúgio,
nos braços dessa nua manhã,
como terra nativa prenhe de semeadura.
Ela fala comigo.
Palavras se revelando uma à uma,
como um quebra-cabeças na solitária paisagem.
Finjo desprezá-la.
Mas a manhã insiste
que é preciso renascer urgente,
a cada vez que ela amanhece.
Algumas vezes...aprisionar a razão.
Não levar totalmente à sério a agenda
penosamente montada, de acasos e esquemas bem feitos,
que secam nossas inspirações.
Duelar com a vida, superando os limites.
Pois só ela lê e traduz
nossa história já desfolhada.
Sabendo da nossa implacável força,
a vida desafia nosso próprio enfrentamento.
Rosy Moreira
Nenhum comentário:
Postar um comentário