Dois filhotes de sol moram em seus olhos.
Inocentes sonhos,
como alegre bando de borboletas,
dão rasantes vôos sobre sua cabeça.
Cava as nuvens com os dedos,
rasgando segredos,
abrindo o céu...
Puxa a luz em cones coloridos,
vira pássaro,vara o espaço,
transforma o eterno no real.
A felicidade é tão pouco:
pão na boca,
fogo na alma,
inocência nos olhos,
paz no coração.
Acredita que madrinhas são fadas,
e que abajur aceso espanta os monstros da noite.
Hoje as gargalhadas se debatem,
tontas e sem rumo na minha lembrança.
Gente grande...nada me satisfaz.
Busco minha infância,
e só vejo emoções reprimidas
no fundo da gaveta.
Quero renascer em pureza,ser criança outra vez.
Rosy Moreira
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