Estou aqui nesse arranha-céu,
como pássaro cansado quedando os limites
entre as paredes sombrias e a porta.
Entrego-me a solidão,
como eco que grita aos quatro cantos,
num descampado onde ninguém escuta.
Quero imergir no vento,
vestindo a pele dos animais livres,
e sair por aí,esquecida de qualquer fronteira.
Não quero mais segurar meu sorriso,
amordaçar carinhos,
e abreviar os sonhos.
Quero beber a vida em goles desesperados.
E no rebentar de um novo dia,
o sol me surja por dentro na medida exata.
Como se fossem suas todas as carícias.
Rosy Moreira
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