domingo, 13 de setembro de 2009

ECO




Estou aqui nesse arranha-céu,

como pássaro cansado quedando os limites

entre as paredes sombrias e a porta.


Entrego-me a solidão,

como eco que grita aos quatro cantos,

num descampado onde ninguém escuta.


Quero imergir no vento,

vestindo a pele dos animais livres,

e sair por aí,esquecida de qualquer fronteira.


Não quero mais segurar meu sorriso,

amordaçar carinhos,

e abreviar os sonhos.


Quero beber a vida em goles desesperados.


E no rebentar de um novo dia,

o sol me surja por dentro na medida exata.

Como se fossem suas todas as carícias.


Rosy Moreira

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