domingo, 21 de junho de 2009

VEREDAS


Sua lembrança vem aos pedaços,

deixando meu teto inteiro em desalinho.


Estou só,

nessa paisagem desmaiada

de tanta ausência,

e meus poemas se perdem

na escuridão da noite.


Essa solidão afoga meus versos

nas ondas do mar,

que em vão fogem e flutuam

pelas veredas das horas,

girando em torno de astros vacilantes.


Mas,entre desencanto e encantamento,

O céu abre seu palco lentamente,

acendendo sua imensa lamparina.


Eis que surge uma nuvem clara,

do tamanho dos meus sonhos.


Outra vez me rendo indefesa,

aos acenos leves da poesia.


Rosy Moreira

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