sábado, 13 de junho de 2009

ORVALHO


Lágrimas da noite solitária,em forma de orvalho,

escorrem ao vento,

escondidas entre as folhas.


Choram dores sentidas,

como poema desordenado caído por terra,

embebido de indecifrável lembrança.


Suas gotas cintilantes pingam leves,

debruçadas ao desconsolo,

num retraímento de saudade.


Numa busca intensa de oceano,

seu olhar aflito se vê desaguar na rosa,

que sangra em perfume,

como a querer compactuar toda dor.


Rosy Moreira

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