quinta-feira, 4 de junho de 2009

BRASA VIVA


O sol levanta do seu travesseiro deserto

acendendo como brasa viva meus foscos dias

reanimando minha imagem de trevo desfolhado.


Um raio de luz em reflexos

contra meus cacos baila.

Abre as cortinas fechadas do meu sorriso

E retalha em pedaços minha solidão.


Como um grande holofote

Veste de brilhos minha fragilidade...

penetrando cada pedaço de vidro que me compõe.


Semeia cristais verde-amarelos

Como risco de arco-íris multicores atravessando o peito

Dando cor ao meu céu tristonho.


Meu olhar sedento se derrama em deslumbramento:

Sou fogo e água...fruto e semente

seiva e flor ao mesmo tempo.


Exalo aromas sinto o sabor

E o som do riso corre em campo aberto

Brincando com o desalinho do vento

que em atalhos e asas

me enlaça em mimos e abraços...

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