O sol levanta do seu travesseiro deserto
acendendo como brasa viva meus foscos dias
reanimando minha imagem de trevo desfolhado.
Um raio de luz em reflexos
contra meus cacos baila.
Abre as cortinas fechadas do meu sorriso
E retalha em pedaços minha solidão.
Como um grande holofote
Veste de brilhos minha fragilidade...
penetrando cada pedaço de vidro que me compõe.
Semeia cristais verde-amarelos
Como risco de arco-íris multicores atravessando o peito
Dando cor ao meu céu tristonho.
Meu olhar sedento se derrama em deslumbramento:
Sou fogo e água...fruto e semente
seiva e flor ao mesmo tempo.
Exalo aromas sinto o sabor
E o som do riso corre em campo aberto
Brincando com o desalinho do vento
que em atalhos e asas
me enlaça em mimos e abraços...
Nenhum comentário:
Postar um comentário