sexta-feira, 5 de junho de 2009

AGORA


Se é prá morrer de amor que seja agora!

entre abraços...lentamente

de um prazer absoluto.


Entre o gemido e o silêncio

o pincel desenhando no olhar

a obra mais rara daqueles que se escolhem.


Me adivinhando entre as mãos

palmo a palmo...cada pedaço

além da fresta dos olhos...

se alojando em mim.


Vivendo momentos como relógio sem ponteiros

num badalar de sonho.


Percorrendo os instantes

por dentro de nós mesmos

abraçando as horas que escorrem mudas.


Nesses minguados minutos

que marcam as mais selvagens emoções

soltando as amarras

de rédeas...de medos...de sorriso.


Eu tenho apenas esse tempo.

Vem lá de dentro e escorre nos olhos

ao sabor do instante.


São seus agora!


Rosy Moreira

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