Minha tela tão sem vida,
o peito na palma das mãos ,aberto!
Buscava a motivação,
sempre que o amanhecer me escorria dos olhos,
com sua gota equilibrada.
Faltava cor,
faltava a poesia colorida,
a inspiração!
Quadro cujos pedaços pincelados
com nevado apelo de fumaça,
sem personagem,
sem platéia.
Uma mão incompleta,
uma imagem sem objeto concreto,
numa aquarela sem inspiração.
De repente,
numa curvatura da noite,
numa pincelada do destino,
a cor entorna da mão.
um borrão pintou o aberto espaço,
tomando forma.
Com a ponta do pincel pinto vida,
e a grande e indefinida sombra
projeta a pintura do meu céu.
Rosy Moreira
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