Gemidos escapam
por entreaberta boca...
mas ninguém me ouve.
Nua e só
eu danço a triste melodia do abandono.
Os passos soam pesados
como tristes páginas em branco
sem conseguir imprimir
as inscrições de silêncio
que me marcam e me consomem.
Quero rasgar essa página
com o grito ferido
que atravessa a garganta.
Escrever...com o coração sangrando
toda a calada dor reprimida.
Pichar esse muro escuro
com meus machucados dedos.
Cuspir toda a amargura
de todo falso amor.
Não quero ser
só mais uma...só!
no meio desse povo.
Pertenço a Família dos Poetas!
raros...loucos...sonhadores...
quero abraços...
abraços e abraços
no final de um exausto dia.
Rosy Moreira
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