Vim buscar o que me cabe por direito:
a música que não mais toca em minha alma
a pureza da noite nua
o sorriso no menor beco dessa rua
a gargalhada na avenida inteira.
Quero meu sorriso estampado nos lábios
que se retrai em sombra de ais
o som da voz que não sai...
calada voz que trai e dilacera
o silêncio em meus ouvidos...
Quero meu toque...minha sensibilidade...
resgatar depressa o que já era meu
minha alegria...meu encantamento...
que traga de volta o que no tempo se perdeu.
Quero viver o meu enfrentamento
saber-me viva...desigual...em constante mutação
olhar-me no espelho...
conviver com meus medos
coabitar serenamente com minha solidão.
Rosy Moreira
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