domingo, 1 de fevereiro de 2009

CARÊNCIAS


O silêncio inunda o espaço.

O mar se cala.

As horas mirradas pingam gota a gota,

escorrendo lentas nesses dias turbulentos.


Meus sentimentos ficam turvos,

cegando minha inspiração,

que não vê nem a alegria que acena ao longe.


Rasgo meu peito em pedaços.


Afasto a solidão em agonia,

procurando o sol e o sul ,e a direção,

para que me desviem da rota

das feridas impostas.


Quero abrir porta e janela,

nesse muro cheio de silêncio,

e flagrar a solidão

com sua capa escura a espreitar.


Quero levantar a cabeça,

mirando a luz do sol,

à procura do amor possível.


Amor maior,

que crie raízes,

crescendo forte no fundo do meu peito.


Rosy Moreira


30/01/2009

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