quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

SEM NOME


Meu homem sem nome

concha cúmplice do meu corpo...


me tateia e me busca

emendando-se ao meu sonho

em meio a essa cama...

palco macio de nossos muitos segredos!


Como um animal arisco

me prende me cativa entre garras

pele entre os dedos...

me sente e me pacifica.


Me embriaga

me seduz com seu doce e quente beijo

desliza se enrosca

se desenha

e rompe a madrugada...

nas infinitas curvas da minha estrada.


Me joga inteira

me habita

me arrebata

me divide ao meio

numa paz inesperada que desnorteia...


Madrugada de brisa na alma

brisa nos lábios...

brisa livre e leve de doçura...

de irreprimíveis gemidos e sussurros


num espaço de frases em branco

onde não há necessidade da palavra.


Rosy Moreira

Nenhum comentário: