Meu homem sem nome
concha cúmplice do meu corpo...
me tateia e me busca
emendando-se ao meu sonho
em meio a essa cama...
palco macio de nossos muitos segredos!
Como um animal arisco
me prende me cativa entre garras
pele entre os dedos...
me sente e me pacifica.
Me embriaga
me seduz com seu doce e quente beijo
desliza se enrosca
se desenha
e rompe a madrugada...
nas infinitas curvas da minha estrada.
Me joga inteira
me habita
me arrebata
me divide ao meio
numa paz inesperada que desnorteia...
Madrugada de brisa na alma
brisa nos lábios...
brisa livre e leve de doçura...
de irreprimíveis gemidos e sussurros
num espaço de frases em branco
onde não há necessidade da palavra.
Rosy Moreira
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