sábado, 3 de janeiro de 2009

REINVENTANDO RUMOS


Sinto esse sentimento

se fazendo sombra

refletindo no espelho das águas

o seu rabisco de tensão e medo.


Meus pés já calejados se abrem em dor.


Prosseguem nas curvas de uma estrada

sem norte sem rumo sem nada.

Perseguem nuvens sombras luz

...que recuam.


Tantas palavras que sufocam

nesse descaminho tão marcado.


Mas meu coração reinventa rumos.

Uma pura linha perdida de leveza

que une o passo e o riso na mesma direção


o certo e o incerto

numa mesma estrada

onde ninguém espera por ninguém.


Quer um atalho onde encontre mel possível

sem esse fel inevitável e essa dor plena e aflita.


Passos e compassos acentuados

à procura de um rastro de sossego

que apague toda lágrima e lamentos.


Todo esse sentimento a soluçar desencantos.


A se despir de razão.

A querer dois braços

Seguindo a rota

dos que querem atracar

em algum porto...seguro!


Rosy Moreira

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