Sou uma eterna aprendiz
das coisas do coração...
Vasculho sentimentos de múltiplos dedos
que se estendem sob meus poros
...dilatados poros!
A poesia salta aos olhos:
letras enfileiradas como soldados...
formam frases marchando firme
num perfeito movimento
sob a nudez branca e virgem
de uma folha de papel.
É preciso todos os dias lavar a alma
onde o sentimento escorre
nas horas certas...quietas
caindo aos pedaços
arrancando espinhos...
...se diluindo em mim.
Realizar escolhas.
Se livrar dos fardos
com sabor de amargas lágrimas.
Olhar para a frente
Olhar para o lado
Nunca olhar para trás.
E nesse coração de céu nublado
alçar um vôo de libélula transparente
nas asas da poesia...
que nasce carente...
com sede e com fome
sem nome...sem identidade!
Rosy Moreira
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