quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

SEM IDENTIDADE



Sou uma eterna aprendiz

das coisas do coração...

Vasculho sentimentos de múltiplos dedos

que se estendem sob meus poros

...dilatados poros!


A poesia salta aos olhos:

letras enfileiradas como soldados...


formam frases marchando firme

num perfeito movimento

sob a nudez branca e virgem

de uma folha de papel.


É preciso todos os dias lavar a alma

onde o sentimento escorre

nas horas certas...quietas


caindo aos pedaços

arrancando espinhos...

...se diluindo em mim.


Realizar escolhas.

Se livrar dos fardos

com sabor de amargas lágrimas.


Olhar para a frente

Olhar para o lado

Nunca olhar para trás.


E nesse coração de céu nublado

alçar um vôo de libélula transparente

nas asas da poesia...

que nasce carente...


com sede e com fome

sem nome...sem identidade!


Rosy Moreira

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