Não gosto de me ver assim
como rosa desfolhada
esparramada sob lençóis.
Não gosto de voz partida
ecos de canções se quedando
em meio a bruma de ânsias e venenos...
ao dissabor de um vento frio.
E se segredo algum amor pelo qual caminho
é um amor esperado e desesperado
onde o meu ser e o teu ser
não são senão esboços mal traçados.
Renasço na poesia...
escrevo a saudade em versos
e preciso de curtos goles de ti...
para que a inspiração se derrame num vão
entre o papel do poema e o céu.
Rosy Moreira
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