sábado, 6 de dezembro de 2008

ENTRE O PAPEL E O POEMA


Não gosto de me ver assim

como rosa desfolhada

esparramada sob lençóis.


Não gosto de voz partida

ecos de canções se quedando

em meio a bruma de ânsias e venenos...

ao dissabor de um vento frio.


E se segredo algum amor pelo qual caminho

é um amor esperado e desesperado

onde o meu ser e o teu ser

não são senão esboços mal traçados.


Renasço na poesia...

escrevo a saudade em versos

e preciso de curtos goles de ti...

para que a inspiração se derrame num vão

entre o papel do poema e o céu.


Rosy Moreira

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