
Essa incansável andarilha
de endereços incertos
que entra pelas frestas do vento
e se encaixa nos labirintos.
Se faz teia no ar.
É tanta que não cabe à luz do dia.
E se espalha e lateja
além do corpo entre o ausente e a negra noite
entre a manhã e o açoite
ela floresce na terra e se despetala no ar.
Nada mais é do que o encontro
de um ponto de interrogação
e o ponto final.
Solidão...estrada torta das horas
na linha reta dos dias
dores em retalhos e gestos recortados
colados lado a lado.
Continua a vida.
E a solidão continua viva na madrugada
que invade o sonho
que nada mais é do que um muro
onde ela se refugia...
Rosy Moreira
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