Pés...
andarilhos que me levam por caminhos
nem sempre retos,
nem sempre perfeitos,
nem sempre claros,
nem sempre sem espinhos.
Pés...
Pares perfeitos
que me acompanham nessa jornada,
desatando os nós dos novelos do tempo,
enrugando a testa desses atalhos imperfeitos.
Pés...
bengalas que me carregam
quando sinto o chão se abrir,
e às vezes,por mais que se ande,
a vontade é de recuar.
Pés...
Alicerces dessa casa ambulante
que é meu corpo.
que foge da escuridão
mas na luz ele passeia.
Meus pés me carregam no colo
quando me sinto pequenina,
e aperto o passo no espaço branco
sem saber que rumo seguir.
Rosy Moreira
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