sexta-feira, 15 de abril de 2011

QUEBRA-CABEÇAS






Estou aqui,

orfã do tempo que não volta,

vivendo a parcela irrepetível do sol.



Vultos quase sem nome se montam,

feito um quebra-cabeças esquecido na gaveta,

como velho troféu guardado.



A cada lembrança

o peito se retrai ferido,acuado,

molhado em sal,sangue,suor e mágoas.



Igual triste animal a lamber seus cortes,

à espera de cicatrizes.



Rosy Moreira

2 comentários:

jamil damous disse...

"(...)molhado em sal,sangue,suor e mágoas."

Belo verso!

António Je. Batalha disse...

Estive a ver e ler algumas coisas, não li muito, porque espero voltar mais algumas vezes, mas deu para ver a sua dedicação e sempre a prendemos ao ler blogs como o seu.
Gostei de tudo o que vi e li.
Vim também desejar muita paz,saúde e grandes vitórias.
São os votos do Peregrino E Servo.
Abraço.