sábado, 23 de outubro de 2010

JARDIM DA INFÂNCIA

Recolho na rede de lembranças,

algo que eu possa embalar.



E vem,outra vez,

a menina da infância,

as frutas provadas verdes,

a mesa posta,a oração de graças recitada.



Porém,o sinal do tempo fechou.



Acostumada à terra,

a vida me apanhou em flor,

para o limite de um vaso.



Aquela menina se foi para sempre,

desfolhando o riso e a cambalhota,

sem ninguém explicar porque tudo tem um fim.



Quisera que o calendário

só coubesse no meu caderno de escola,

e que o encanto desse jardim fosse eterno!



Rosy Moreira

Um comentário:

Amélia Ribeiro disse...

Olá Rosy,

que lindo!

Às vezes dá vontade mesmo de recuar no tempo...

Um beijo e que tenhas um feliz final de semana.