Quero dançar ao vento,
feito folha de nova película,
despindo-me da solidão,poeira e sombra.
Busco o milagre do abraço,
em suave enlace de mil cordões delicados,
feito os acenos da manhã,alados em doçura e brisa.
Quero esquecer a sede,o fel,
o sal amargo que envenenavam meu ar,
salivando nos lábios a doçura e ânsia
de um novo orvalho e itinerário de consolo.
Deixo ainda,
presas aos meus porões desabitados,
as doentes lembranças quase sem cura
de um amor ausente e sem remédio.
É o mundo,
contínuo e flóreo,
me chamando outra vez,à vida.
Rosy Moreira
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