terça-feira, 6 de abril de 2010

CONVALESCENÇA





Arde em febre o fogo da lembrança,

assistida por ninguém.



Agarrada ao nada,

na densa e escura pele da noite,

sofro uma infinita distância.



Quero dormir profundo.



Forjada nos lábios sem cor,

minha dor não tem remédio,

não tem tamanho.



No canto dos lábios

o sorriso esquece de vir;



Porém,do olhar escorre uma lágrima

quedada de espera.



No peito convalescente,

patética e dormente,

bate uma coisa que é,de novo,saudade.



Rosy Moreira

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