Arde em febre o fogo da lembrança,
assistida por ninguém.
Agarrada ao nada,
na densa e escura pele da noite,
sofro uma infinita distância.
Quero dormir profundo.
Forjada nos lábios sem cor,
minha dor não tem remédio,
não tem tamanho.
No canto dos lábios
o sorriso esquece de vir;
Porém,do olhar escorre uma lágrima
quedada de espera.
No peito convalescente,
patética e dormente,
bate uma coisa que é,de novo,saudade.
Rosy Moreira
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